A Contenção Química na Psiquiatria: Um Olhar Crítico

 

- A Contenção Química na Psiquiatria -

Um Olhar Crítico

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A contenção química na psiquiatria consiste na administração de medicamentos psicoativos com o objetivo de controlar comportamentos agitados, agressivos ou perigosos em pacientes que representam um risco para si mesmos ou para outras pessoas. É uma medida utilizada como último recurso, quando outras intervenções, como a comunicação terapêutica e as técnicas não farmacológicas, se mostraram ineficazes.

Quando a contenção química deve ser utilizada?

A contenção química deve ser utilizada em situações de extrema urgência, quando o paciente apresenta:

   ✔ Agitação psicomotora: inquietação, impulsividade, agitação intensa.

   ✔ Comportamento violento: agressões físicas a si mesmo ou a outras pessoas.

   ✔ Risco iminente de autoagressão: tentativas de suicídio ou automutilação.

   ✔ Delírios e alucinações: que comprometam a capacidade do paciente de julgar a realidade e colocar em risco a sua segurança ou a de terceiros.

É importante ressaltar que a contenção química deve ser utilizada como uma medida temporária e excepcional, sempre associada a outras intervenções terapêuticas.

Como funciona a contenção química?

A medicação utilizada na contenção química age sobre o sistema nervoso central, promovendo a sedação, a redução da ansiedade e o controle da agitação. O efeito dos medicamentos varia de acordo com a substância utilizada e a dose administrada.

Por quanto tempo deve ser

utilizada a contenção química?

A duração da contenção química varia de acordo com a gravidade do quadro clínico e a resposta do paciente ao tratamento. O objetivo é utilizar a medicação pelo menor tempo possível, suspendendo-a assim que o paciente apresentar melhora clínica e não mais representar um risco para si mesmo ou para os outros.

Que tipo de medicação é usada na contenção química?

Os medicamentos mais utilizados na contenção química são os antipsicóticos (como o haloperidol) e os benzodiazepínicos (como o diazepam). Esses medicamentos possuem ação rápida e eficaz no controle da agitação e da agressividade.

O paciente toma a medicação por vontade própria?

Em geral, o paciente não toma a medicação por vontade própria durante uma crise aguda. A administração do medicamento é realizada por um profissional de saúde, geralmente um médico ou enfermeiro, de forma intramuscular ou intravenosa.

Outras informações importantes

sobre a contenção química

   ✔ É fundamental que a contenção química seja realizada em um ambiente seguro e com a presença de profissionais qualificados.

   ✔ A contenção química deve ser sempre acompanhada de um plano de cuidados individualizado para cada paciente.

   ✔ É importante que o paciente e seus familiares sejam informados sobre os motivos da contenção química e sobre os riscos e benefícios do tratamento.

   ✔ A contenção química deve ser sempre vista como um último recurso e nunca como uma forma de punição.

A contenção química é uma prática complexa e delicada, que exige uma avaliação cuidadosa por parte do profissional de saúde. É fundamental que a decisão de utilizar a contenção química seja tomada de forma individualizada, levando em consideração as características de cada paciente e o contexto clínico.

É importante ressaltar que a contenção química não é uma solução definitiva para os problemas de saúde mental. O objetivo do tratamento é identificar e tratar as causas subjacentes da agitação e da agressividade, buscando a recuperação do paciente e a sua reinserção social.

Se você tem alguma dúvida sobre a contenção química, é importante conversar com um profissional de saúde.

Fontes:

• Diretrizes Gerais para o Uso de Contenção Química - Nescon: https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/1203.pdf
• Parecer Técnico COREN/PR Nº 033/2022 Assunto: Atribuições de enfermagem na contenção física, mecânica e química. - COFEN: https://ouvidoria.cofen.gov.br/coren-pr/transparencia/76401/download/PDF

Observação: Este texto tem caráter informativo e não substitui a consulta a um profissional de saúde.

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